quinta-feira, 21 de abril de 2011

É o que parece?

Como é que vai ser? Como vai ser e o que vais fazer? Eu nem sei se posso viver sem ti. Como vou saber? Eu tento saber como vai ser, se posso viver sem ti. Eu tento, tento fugir de tudo isto, desprender-me, mas eu só penso na hora em que estás aqui. Tenho vontade de voltar atrás na hora em que tens de ir embora.
Nunca vens, não apareces, não me procuras, mas quando vens finges que não há nada, finges que sou apenas uma pessoa como tantas outras. Chegas até a ser cínico e falso.
Chegámos ao fim da estrada, é isso? É o que me fazes pensar. É o que me fazes sentir.
Até pode parecer que estou livre. Até pode parecer que sou livre, mas eu estou presa a ti. Tu não entendes? Eu respondo... Entendes sim, mas é aqui que entra o teu cinismo. Julgo estar presa a ti! Às vezes disfarço e não consigo, mas eu só penso na hora em que estás aqui. Ligas-me, procuras-me, perguntas por mim, pedes-me que vá até ai. Mas e depois? Depois dizes que não podes. Eu prometo que não te procuro mais, prometo que não te quero ver mais, que não vou pensar em ti, eu prometo que não te ligo, que não vou até ai. Eu prometo fazer tudo isto até que tu não me largues. Tens de ser tu. Tens de querer tanto quanto eu. Tens de mostrar mais do que eu.
Eu chamo-te nomes, grito contigo, sou arrogante. E tu dizes que me adoras? Como? Como és capaz de o fazer?Quantas vezes tento manter a calma para parecer que não ligo ao que fazes ou dizes? Chega a parecer que te esqueço, mas só quero estar contigo. Tento dizer-te adeus e tu deixas sempre uma porta aberta, uma espécie de abertura para que tenha sempre o desejo de olhar para ti. Porquê? Todos os dias me sinto saída de uma directa, exausta, cansada. Mas mesmo assim tento parecer que sou livre.

Uma cópia? Não.