quarta-feira, 1 de junho de 2011

Desprendido, mentiroso.

Vives assim, desta forma. Vais e vens. Vais e vens. Vais e vens. É a facilidade com que o fazes que me deixa confusa.
É assim que vives. Que comportamento tão desprendido!
Levas, levas, recebes, ganhas, roubas, levas... Mas nunca dás. Porquê?
Eu deveria saber que serias um desastre pelo primeiro beijo. Deveria saber que a primeira impressão é a correcta e não a segunda!
Eu tinha os olhos tão abertos e eles foram fechando... fechando... fechando. Porquê?
Dei-te muito do que tinha e simplesmente deitaste fora. Pedia-te o teu amor. Pedia-te mais? Não!
Tu não entendes. Andaria pelas brasas por ti, colocaria a minha cabeça junto de uma pistola, colocar-me-ia entre a espada e a parede, saltaria para a frente de um comboio, tu sabes que faria qualquer coisa por ti. Aguentaria o peso de uma bala no meu cérebro. Sim, na verdade, eu morreria por ti. Mas para ti... impensável, não é?
Bate-me. Esbofeteia-me. Magoa-me. Deixa-me nódoas negras. Deixa-me a cara vermelha. Bate-me até eu ficar anestesiada. O que te parece?
Eu sirvo um banquete ao diabo, eu digo-lhe "Olá", quando tu voltares para o sítio de onde vieste. Tu és louco, és mesquinho, desequilibrado... és mau. É o que és. Sorris e logo depois cortas os travões do meu carro. Ris e logo depois queimas as minhas mãos.
Se o meu corpo estivesse em chamas... Ficarias a vê-lo queimar-se? Tu disseste que me amavas, és apenas um mentiroso, apenas isso! Porque na verdade nunca, nunca me amaste meu bem!