domingo, 30 de dezembro de 2007

Diz-me porquê.

Tens a mínima noção do quando me está a custar escrever isto? Tens? Tens a mínima noção do quanto me dói a mão? Tens a mínima noção da porcaria que estás a fazer? Tens a mínima noção da necessidade que tenho de escrever isto, mas ao mesmo tempo a vontade de deixar isto por aqui pelas dores que esta mão inchada e negra me está a dar?
Não! Tu não tens noção disto. E sabes porquê? Porque se tivesses noção disso não te tinhas ido embora, não nos tinhas deixado!
Porque é que fizeste uma merda destas, ham?! Podes explicar-me?

Eu só te queria aqui... Não queria que me tivesses levado a magoar-me a mim mesma... Não queria que me tivesses obrigado a chorar só para parecer bem. Tu sabes como eu sou, sou fria nestas coisas, tu sabes que eu não consigo chorar com o choque que me causaste. Tu sabes isso! E, mesmo assim, para não ferir outras pessoas tive de chorar!

Que direito tens tu? Ham? Diz-me lá, oh espertalhão... que direito tens tu?
Espera... eu respondo por ti. Não tens direito nenhum! Não tinhas o direito de ir embora e deixar cá todas as pessoas que te amam e que neste momento estão a sofrer.

Desculpa as barbaridades ditas, mas és tu que mas fazes dizer!

Se conseguires ser feliz no lugar onde estás, se estiveres melhor aí... então eu também te perdoo!

O feliz ano novo a tempo e horas.

Boas!

Desta vez... desta vez sim! Estou a fazer o que deveria ter feito com o Natal... A desejar-vos um óptimo ano novo.

"O Ano-Novo é um evento que acontece quando uma cultura celebra o fim de um ano e o começo do próximo. Todas culturas que têm calendários anuais celebram o "Ano-Novo". A celebração do evento é também chamada réveillon, termo oriundo do verbo réveiller, que em francês significa "despertar".
A comemoração ocidental tem origem num decreto do governador romano Júlio César, que fixou o 1º de Janeiro como o Dia do Ano-Novo em 46 a.C. Os romanos dedicavam esse dia a Jano, o Deus dos portões. O mês de Janeiro, deriva do nome de Jano, que tinha duas faces - uma voltada para frente e a outra para trás."


Este acontecimento é propício a que muitas pessoas tomem decisões, ou façam promessas de coisas que esperam conseguir no novo ano. Prometem perder peso, deixar de fumar, economizar dinheiro, prometem tentar deixar sempre o tampo da sanita fechado, não cuspir para o chão, não discutir tantas vezes, prometem... tantas pessoas desejam e prometem tanta coisa. Sabem que mais?! Não prometam, façam! Não se iludam a vocês mesmos. Quando tiverem de fazer alguma coisa por vocês ou pelos outros, façam-na! Mas façam-na mesmo. Não fiquem pela promessa ou pelo desejo.
Deixa a vida correr... um ano é tanto tempo... é tanto tempo. É o tempo suficiente para os teus desejos mudarem. É o tempo suficiente para te arrependeres de uma promessa que fizeste, porque naquela altura era o que querias, e que agora essa mesma promessa já não faz sentido, já não conjuga com aquilo que desejas no momento presente. E, se realmente fores uma pessoa de palavra, vais sentir-te obrigado/a a cumprir essa promessa mesmo que ela já não signifique nada para ti. Para quê isto? Para quê promessas? Para te arrependeres mais tarde? Age! Simplesmente age! Ou fica quieto/a, se for isso que desejares naquele momento.
Sabes que mais? Eu também tenho muitos desejos para este novo ano e, às vezes, até me sinto tentada a fazer promessas. Mas, pelo menos as promessas, não me servem de nada.

Espero sinceramente que tenhas um óptimo ano novo... claro que não espero isso apenas por estar aí à porta um novo ano e porque "ano novo, vida nova"... Não! Nada disso! Apenas espero que tenhas um óptimo ano novo porque, por certo, é isso que desejas para ti mesmo e se é isso que queres para ti, então é isso mesmo que te desejo!

FELIZ ANO NOVO!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O feliz Natal atrasado.

Boas!

Como devem ter reparado, aquele sábado teve uma duração bastante longa.
Conhecem aquele misto de falta de inspiração e de tempo? Pois bem, foi isso mesmo que a minha pessoa tem sentido. E, em vez de editar um post sem categoria absolutamente nenhuma, decidi nem sequer escrever nada.
Mas, mesmo sem inspiração e sem tempo, sei que devia ter deixado aqui uma mensagem de Natal. E, por isso, tenho de pedir desculpas aos meus queridos visitantes do blog. Espero que (aqueles que comemoram o Natal) tenham tido um óptimo Natal. E não, não me venham com tretas, porque se não receberam muitos presentes, o vosso Natal não foi nada de especial. Agora fica bem eu dizer que estou a brincar, certo?

Espero que aceitem as minhas desculpas. Prometo deixar-vos aqui uma mensagem em homenagem ao novo ano que se aproxima e tornar os meus "sábados" mais pequeninos.

Vivam bem os últimos dias deste ano!

sábado, 15 de dezembro de 2007

O sábado diferente dos outros.

É sábado de manhã. Isso é importante? Seria se eu estivesse a viver em conformidade com um sábado de manha. Seria se eu a esta hora ainda estivesse a dormir para recuperar as energias gastas durante a semana que o antecedeu. Seria importante se quisesse viver este sábado tal como ele é.

Eu queria vivê-lo tal como todos os outros: dia tranquilo e relaxante, noite animada, cafés, ginásio, filmes, música, conversas... Enfim, tudo aquilo que faz com que seja um sábado. Eu queria vivê-lo assim, mas não consigo. Estou acordada desde muito cedo, a essa hora ainda não estavas acordado/a ou ainda nem sequer te tinhas deitado. E isso já faz com que seja um sábado diferente.

Não consegui dormir mais, o meu consciente ou subconsciente não mo permitiram. E, para ajudar, o meu corpo também não está a permitir que me levante desta cama. E, aqui deitada, apenas tenho forças para escrever e para pensar.

Preferia que fosse um daqueles dias de semana agitados, em que não há tempo para pensar. Daqueles dias em que, ao levantar, tomamos um duche rápido, vestimos uma roupa confortável, descemos a escada em direcção à cozinha numa correria infernal, pegamos numa peça de fruta e saímos em direcção à multidão, à confusão... fazemos as coisas que temos a fazer, sem pensar muito, porque o tempo não o permite. Num daqueles dias em que, ao fim do dia, chegamos a casa, depois de termos estado pelo menos 14 horas fora dela, e não jantamos, não vivemos, não pensamos, não falamos, não sonhamos, apenas fechamos os olhos e dormimos.

Nesses dias, não tenho tempo para pensar, para chorar, para sorrir... apenas para fazer as coisas que são já automáticas e que nos permitem não ter de pensar para as fazer.

Achas que gosto de estar aqui a pensar em coisas que me fazem mal? A pensar em coisas que me ferem de uma forma brutal?

Não, não é isto que eu desejo. Espera, pois não, não é isto que tu desejas. E porque não lutares por aquilo que desejas? Vais ficar aqui sem fazer absolutamente nada para além de pensar? Pensas de mais minha cara. Pensas de mais! Muda de atitude.

É... tens razão. Já pensei de mais!



Bom SÁBADO meus caros leitores. Vivam-no!

É isso mesmo que vou fazer, vou vivê-lo agora, neste momento!



Até... não sei quando, porque este sábado pode prolongar-se por muito e muito tempo!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Ben Harper - Walk away

É tão difícil de fazer e tão fácil de dizer, mas, por vezes, temos de deixar ir embora. Com tanta gente para amar na minha vida, porque é que me preocupo com uma? Mas é preciso deixar-te andar direção à porta de saída. Diz-se que quando se ama alguém, então devemos dar-lhe a liberdade, mas eu preferia estar atada a ti.
Dizem que o tempo fará com que isso passe, mas é o tempo que tem agarrado nos meus amanhãs e os tem transformado em ontens.
Estás em lugar nenhum para ser encontrado.
Deves ir embora... ir embora em direcção à porta de saída.
apenas a música...
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Oh no
here comes that sun again
that means another day
without you my friend

And it hurts me
to look into the mirror at myself
and it hurts even more
to have to be with somebody else
and it's so hard to do
and so easy to say
but sometimes
sometimes you just have to walk away
walk away

With so many people
to love in my life
why do I worry
about one

But you put the happy
in my ness
you put the good times
into my fun
and it's so hard to do
and so easy to say
but sometimes
sometimes you just have to walk away
walk away
and head for the door

We've tried the goodbye
so many days
we walk in the same direction
so that we could never stray
they say if you love somebody
than you have got to set them free
but I would rather be locked to you
than live in this pain and misery

They say time will
make all this go away
but it's time that has taken my tomorrows
and turned them into yesterdays
and once again that rising sun
is dropping on down
and once again you my friend
are nowhere to be found
and it's so hard to do
and so easy to say
but sometimes
sometimes you just have to walk away
walk away
and head for the door
you just walk away
walk away

sábado, 8 de dezembro de 2007

Desaparece.

Desaparece...
Desaparece antes que esta raiva se desenvolva e ganhe raízes!
Eu não quero isso para mim!


Desaparece de uma vez por todas! DESAPARECE!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

O porquê do grito.

"Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta aos seus discípulos: "Porque é que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?".
"Gritamos porque perdemos a calma.", disse um deles.
"Mas para quê gritar quando a outra pessoa está ao nosso lado?" - Questionou novamente o pensador.
"Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça " - retorquiu outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar: "Então não é possível falar-lhe em voz baixa?"
Outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador. Então ele esclareceu: "Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido?". O facto é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, os seus corações afastam-se muito. Para cobrir esta distância precisam de gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais alto vão ter de gritar para se ouvirem um ao outro, através desta grande distância.
Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas?
Elas não gritam. Falam suavemente. E porquê? Porque os seus corações estão muito perto. A distância entre elas é muito pequena. Às vezes os seus corações estão tão perto que nem falam, somente sussurram. E, quando o amor é intenso, não necessitam sequer de sussurrar, apenas se olham, e basta. Os seus corações entendem-se. É o que acontece quando duas pessoas que se amam estão juntas."
Por fim, o pensador conclui, dizendo: "Quando vocês discutirem, não deixem que os vossos corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará o dia em que a distância será tão grande que não mais encontrarão o caminho de volta."."

Mahatma Gandhi
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Quando estava a ver o Hi5 de um grande amigo meu (repare-se que quando digo grande falo nos dois sentidos), encontrei este texto de Mahatma Ghandi. Fiquei estupefacta, não só pela forma simples e atraente como é escrito este texto, mas também porque este fala de uma coisa que muitos de nós sentimos, mas que somos incapazes de explicar ou traduzir para palavras (quer dizer, pelo menos eu só o sentia, não fui capaz de o traduzir para palavras). Eu já sabia que o Miguel (o tal grande amigo e amigo grande) tinha um óptimo gosto (nem que fosse só por gostar desta amiga pequena como uma grande amiga), mas quando vi isto no Hi5 dele pensei: "Irra, o rapaz tem mesmo bom gosto e sentimentos, não é qualquer um que tem a sensibilidade suficiente para gostar de um texto assim". E, o que é facto, é que ele tem.
De facto, quando amamos alguém ou simplesmente quando estamos apaixonados por esse alguém, muitas vezes, não precisamos sequer falar. Um olhar, um sinal, um gesto entre duas pessoas que estão apaixonadas, pode dizer muito mais do que um simples conjunto de palavras. Para quê falar se um simples piscar de olho pode dizer tudo?
Bem, eu não me vou esforçar muito a tentar explicar isto, porque para além de estar muito claro no texto, acho que já todo o ser humano que está ou já esteve apaixonado sabe bem do que se está a falar. Para quê por por palavras estes sentimentos?
Meus caros, sintam! Mas não deixem que o vosso coração se distancie muito do coração da pessoa que amam por uma discussão. Porque, muitas vezes, a distância é tão grande que não há retorno possível.
Não gritem, sussurrem!
P.S.: Obrigada Miguel por me permitires ter conhecimento que tal texto existe!

domingo, 2 de dezembro de 2007

O começo.

A forma como comecei este blogue foi estranha, não? Porque não começar com esta mensagem de introdução em vez de ter iniciado o blogue com aquela "história"?
É estúpido, eu sei! Mas apeteceu-me... e quanto a isso não há nada a fazer!
Bem, na verdade, há uns dias atrás eu não tinha o mínimo interesse de criar um blogue. Parecia-me inútil e desinteressante, mas alguém me deu a conhecer um blogue que, realmente, merecia que dispensássemos algum do nosso tempo para nos sentarmos e lermos o que o autor nos queria dizer. Bastou esse blogue para me suscitar curiosidade e interesse, porque, a partir desse, fui descobrindo outros tão ou mais interessantes como o primeiro.
Foi a partir daí que resolvi criar o meu próprio blogue. Não estou a tentar insinuar que este vai chegar aos calcanhares de muitos óptimos blogues que há por ai, mas pelo menos vai ajudar-me a "falar" de tudo o que me vier à cabeça (claro que o "tudo o que me vier à cabeça" tem algum exagero).
Tenho a agradecer à pessoa que me deu a conhecer aquele tal blogue e por ter sido capaz de captar, de tal forma, a minha atenção que me levou a criar o meu... ESTE!
Não espero que gostem, não espero que desgostem, não espero que se divirtam, nem sequer espero que chorem com as coisas que aqui vão sendo escritas. Prefiro não esperar nada. É mais fácil assim, até porque não vale a pena complicar!
Ah, e se virem que este blogue não tem nada de interessante, não se prendam aqui... passem ao próximo. Pode ser que encontrem um daqueles blogues que me deram a conhecer, onde se lêem coisas verdadeiramente interessantes.

sábado, 1 de dezembro de 2007

O acender de um cigarro trouxe-o de volta.

Estava mal desde a hora de almoço, estava bastante pensativa, talvez um pouco nostálgica, ao mesmo tempo apática e tranquila... Esperei por ele e, sinceramente, não me cansei minimamente de esperar, mas estava ansiosa por que ele chegasse. Estava ansiosa como sempre fico, como se fosse aquelas primeiras vezes em que combinávamos encontrar-nos e como aquelas últimas vezes em que combinávamos encontrar-nos. Porque, na verdade, o sentimento ia sempre aumentando e não deixava que aquela fantasia do início da nossa relação se desvanecesse.

Ao meu pensamento vinha aquela nossa música.

Ele não veio. Tinha ficado tarde cedo de mais, tinha ficado tarde antes de ter vindo ter comigo, e estava na hora, de aquela pessoa por quem tinha estado à espera, apanhar o comboio e ir para aquele inferno que é o trabalho. Quando soube que não o iria ver, quando me avisou de tal tortura, peguei em mim mesma e..., sem sequer saber para onde ia, deixei-me ser levada por aquela multidão. O meu corpo levou-me precisamente, coincidente ou inconscientemente, para aquele lugar onde ele estaria à espera do comboio. Não sei se a mensagem que mandei para o telemóvel, quando estava a ir em direcção àquele lugar, foi enviada consciente ou inconscientemente. Sei que o queria ver e que tudo foi muito rápido.
Estavam mais sentimentos dentro de mim do que eu estaria à espera naquele momento. Dentro de mim, não estava só o sentimento de falta e de saudade que tinha dele, estava também um sentimento de fúria. Sim, eu estava furiosa. Estava furiosa porque tinha estado à espera dele durante toda aquela manhã, tal como tinha estado à espera dele durante um mês. Senti que não fazia sentido passar naquela manhã o que tinha passado durante um mês inteiro. Para mim não fazia sentido e isso deixou-me furiosa.

Aquela música passou de novo pelo meu pensamento.

A mensagem que tinha mandado dizia: "Estou no café da estação. Se por acaso quiseres, aparece.". Senti que tinha de mostrar a minha fúria através daquela mensagem e ao mesmo tempo, tentar mostrar que não estaria muito interessada que ele se desse ao trabalho de aparecer. Tentei mostrar que o facto de estarmos praticamente no mesmo local, à mesma hora, era apenas obra e graça não sei de quê, queria tentar mostrar que era apenas coincidência.

Sentei-me na última mesa, na mesa em que gostávamos de ficar. Uma mesa escondida, bem mais acolhedora que as outras. Sentei-me na cadeira que estava encostada à parede. Será que a escolha que fiz, de me sentar naquela cadeira ao canto e encostada à parede, estava relacionado com o facto de eu precisar de apoio e de não querer que as pessoas notassem o turbilhão de sentimentos que estava dentro de mim?
Para ser sincera acho que sim, acho que era o meu corpo que estava a pensar quando me levava em direcção a certos sítios, e não a minha mente.

Aquela música novamente.

Pedi um café. O meu pedido tinha sido aceite e concretizado. Naquele dia, acho que tinha sido o único pedido que tinha feito e que tinha sido aceite. O café foi-me trazido por uma rapariga que me chamava a atenção pela conjugação de roupas que tinha feito antes de sair de casa e se dirigir ao seu local de trabalho. Quando o café me foi trazido, tirei um cigarro dos três que me restavam e enquanto o tentava acender com o meu Zippo...

Estava a entrar no café. Senti uma pontada de felicidade. Ele, o rapaz por quem tinha estado à espera, estava a entrar com um jeito apressado como se estivesse atrasado para alguma coisa. (E não estava?).

Deixei que ele se sentasse. Liguei o meu iPod... escolhi a opção Play quando vi escrito no visor MASSIVE ATTACK – TEAR DROP... pus os phones... levantei-me... estendi-lhe a mão a fim de o cumprimentar com um simples aperto de mão e, num impulso, a minha boca abriu-se para lhe dizer: “Tarde de mais!”.

Black out.



(Talvez ainda haja muito para escrever, mas prefiro ficar por aqui.)