Ainda te lembras de quando fingias que te magoavas e, enquanto te esforçavas para pôr aquela cara de criança em sofrimento, dizias que estavas muito mal e que precisavas dos meus mimos? Nessas situações, fazias com que eu te desse beijos para a suposta dor passar, fazias com que me deitasse ao teu lado a mimar-te até te esqueceres da dor que tinhas inventado e te abraçavas a mim, rias e me tentavas fazer cócegas.
E de quando me vendavas os olhos, sopravas com suavidade ao longo de todo o meu corpo e, apenas ao ritmo daquela música que ambos veneramos, me beijavas por cada ponto do meu corpo. Lembras-te?
Ah, lembras-te? Lembras? Lembras-te de quando discutíamos? Quando discutíamos, quer dizer, quando eu discutia contigo, ficavas a olhar para mim com aquele sorriso suave nos lábios à espera que eu te perguntasse se me estavas a ouvir ou se estavas a gozar comigo para, depois disso, me empurrares contra a parede, me olhares nos olhos, me dizeres que me amas e me beijares como se a discussão nos deixasse com mais vontade de nos amarmos. Muitas vezes, nem deixavas que eu te perguntasse se me estavas a ouvir, simplesmente, calavas-me com um beijo agressivo. Lembras-te? Vá lá... diz-me que sim. Diz-me que não te esqueceste.
Esta noite espero por ti... espero por ti para que me dês mais um momento inesquecível como todos estes... espero por ti porque é só a ti que quero. Espero por ti porque, também eu, te quero dar momentos inesquecíveis de autêntica loucura, parvoíce, amor, carinho... simplesmente momentos como estes, inesquecíveis.
O melhor momento para ser feliz é o agora. Alinhas?