sexta-feira, 25 de abril de 2008

A pequena loucura.

Fazemos assim:
Vens ter comigo esta noite quando já ninguém estiver acordado. Eu estarei a fingir que estou no terceiro sonho desta noite quente, quando me telefonarás a dizer que estás sentado no chão em frente à minha casa. Eu atenderei e dir-te-ei, em voz baixa, que és louco, mas que te amo por isso. Pedir-me-ás que vá ao teu encontro só para que me possas ver e para me dares um beijo de boa noite, noite essa que já irá a meio. Eu acederei ao teu pedido, mas, por certo, que não vou resistir à tua presença ali, diante de mim, e te vou arrastar para dentro. Farás o percurso até ao meu quarto calado, sem respirar, sem emitir qualquer vibração que faça alguém perceber para onde te levo ou simplesmente que estarás ali. Entrarás no meu quarto já sem a t-shirt que trarias vestida para esta loucura e encostar-te-ás à parede. Depois, eu trancarei a porta a sete chaves, irei ter contigo, encostar-me-ei a ti, beijar-te-ei e . . .
. . . simplesmente fazer-me-ás feliz!

sábado, 19 de abril de 2008

As vertigens.

Tinha vertigens. Subi tão alto, levaste-me para tão alto, que fiquei com vertigens. Agora tenho medo de cair. Disseste que me agarravas, que eu não precisava ter medo, porque nunca me irias largar nem deixar cair.
Confiei em ti, confio em ti. Trouxeste-me a ver coisas magnificas cá em cima. Mostraste-me coisas que só tu me poderias mostrar. Claro, só tu me poderias mostrar, se fosse outra pessoa eu vê-las-ia de outra forma, forma essa que, por certo, seria menos bela.
Sabes que mais?! Confiei em ti e não me arrependo por um segundo que sejas. Sabes porquê? Porque mesmo que um dia caia daqui de cima, deste longe tão alto, não me importo. Não me importo porque estar aqui em cima é a coisa mais hilariante que me podias dar, é a coisa mais magnifica que algum dia tive.
O tempo que me vais cedendo ao me deixares ficar contigo aqui em cima é o tempo que me possibilita conhecer mais de ti, o que faz com que te ame cada vez mais, mais e mais.
Vá lá, agarra-me!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

O arrepio.

Ao ver-te entrar senti um arrepio. Aquele arrepio que todos aqueles que estão apaixonados sentem. Sortudos de quem o sente, feliz de quem o sente e faz sentir. Acho que sou apenas sortuda. Quem me dera fazer com que sentisses também esse arrepio.
Queria estar no teu lugar, queria que quando me visses entrar por este café (onde estou a escrever este maldito desabafo) também sentisses o arrepio que eu sinto quando te vejo. Aí sim, deixaria de ser apenas sortuda por senti-lo, e passaria a ser também feliz por to fazer sentir.
Apesar de tudo, acho que estou feliz de qualquer das formas. Não sou eu que tenho o privilégio de te causar tais sensações, mas sei que as sentes. Sentes por outra pessoa, é certo, mas tu és feliz com ela e eu só posso estar feliz por ti.
AAAAIIIIIIIIIIII... não sejas cínica contigo mesma. Já ouviste bem o que estás a dizer? Já paraste e pensaste no cinismo com que estás a encarar a situação? Tu gostas dele e o facto de saberes que ele gosta de outra pessoa e que é feliz não faz de ti uma pessoa feliz. Muito pelo contrário, faz de ti uma pessoa seca. E, já agora, deixa-me dizer-te que não, não és uma pessoa sortuda por sentires arrepios quando o vês. Sortuda serias se não sentisses nada por ele, sortuda serias se ele fosse para ti igual a qualquer outra pessoa.
Vamos mudar o discurso. Não, eu não me consigo sentir feliz por gostares de outra pessoa. Não consigo porque o sofrimento que causas em mim não o permite.
Olhar para ti e saber que não és meu; tentar aproximar-me de ti e recuares; cuidar de ti e ires embora... são estas coisas que não me deixam ficar feliz por ti. Peço imensa desculpa, mas não consigo ficar feliz por ti. A tua felicidade magoa-me.

terça-feira, 1 de abril de 2008

O desejo.


Morangos vermelhos. Lábios encarnados. Unhas cor de vinho. Arranhões…! Sangue verde, como morangos não desejáveis para saborear.